A pandemia do novo Coronavírus e os impactos econômicos em 2020.


MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO

UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO

PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO DE ESTUDOS DE CULTURA CONTEMPORÂNEA – ECCO

Disciplina: Métodos para Pesquisas.

Ministrada pela Profª. Dr.ª Andréa Ferraz Fernandez em Ensina a Distância (EaD) – 2020/1, no período de 12/08/2020 a 25/09/2020.

 

Discentes: Maria de Lourdes Fanaia; José Elias Antunes Neto; Thiago Oliveira da Silva; e Valéria Pereira Moreira

 

A pandemia do novo Coronavírus e os impactos econômicos em 2020.

 

 

          O fenômeno global o Coronavírus (Sars-Cov-2) causador da atual pandemia da    COVID-19[1]  gerou   interferências nos aspectos econômicos, sociais políticos, culturais, provocando diversas mudanças na vida cotidiana do ser humano. Entre as transformações ocorridas, a pauta aqui destacada, é o aspecto econômico que de modo geral acaba acarretando outros problemas, difíceis de serem resolvidos num momento tão inigualável o qual vivenciamos. Segundo a presidente da Fiocruz Nísia Trindade argumenta que no cenário atual com uma sociedade tão desigual, as condições de moradia sem saneamento básico tornam-se difícil de ser implantar os protocolos de higienização. Ou seja, a COVID-19 não escolhe classe social, mas as condições de moradias precárias, somando aos problemas econômicos e emocionais propiciam atingir em maior escala os segmentos sociais mais carentes. Vale lembrar que, os problemas econômicos de modo geral da população brasileira já haviam antes da pandemia, porém esses acentuaram pelo maior número de desempregos e encerramentos das atividades de muitas empresas de vários ramos comerciais. Ressalta-se que de modo geral, com o Coronavírus é previsível o aumento da pobreza da América Latina. Para associações e especialistas ouvidos pela BBC News Brasil de São Paulo, de março de 2020 a estimativa é de que os dados de desemprego tenham crescimento expressivo durante e após a pandemia. Os números, segundo alguns especialistas, devem passar de 20 milhões de desempregados. De acordo com o jornal Nexo de 07/2020, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou, que a dificuldade de acesso ao crédito financeiro, mais de setecentas  empresas  no Rio de Janeiro, encerraram as atividades, e dentre essas, a maioria composta por empresas de pequeno porte, gerando o desemprego, acentuando a carestia de vida entre outros problemas, pois, as empresas de pequeno e médio porte são as que mais geram empregos no Brasil, uma vez que, estão em número, infinitamente, maior que as grandes empresas.

          Sobre as questões de créditos financeiros existem vários programas pois além do Programa Emergencial de Suporte a Empregos (Pese) e do Programa Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Pronampe), o Banco Central também anunciou uma série de medidas para ajudar a levar o crédito aos pequenos empresários. Segundo jornal Nexo o governo brasileiro bancaria 85% dos empréstimos (R$ 34 bilhões) e os outros 15% (R$ 6 bilhões) viriam de bancos, totalizando R$ 40 bilhões. Segundo o Banco Central apenas 11% do dinheiro foi liberado, para mais informações, confira na página do jornal. (https://www.nexojornal.com.br/expresso/2020/07/20/Qual-o-impacto-a-longo prazo do-fechamento-de-pequenas-empresas#:~:text=Qual%20o%2 ).

          No Estado de Mato Grosso o jornal a Gazeta noticia que em maio de 2020, houve 24.721 pedidos de seguro-desemprego. Um setor de serviço bastante  atingido foi o de bares e restaurantes que apostaram em drive-thru, medida  que antes era  comum em lanchonetes de fast-food e  os efeitos da crise econômica  podem  permanecer  até 2021 (https://www.gazetadigital.com.br/editorias/economia/bares-e-restaurantes-demitem-1 milho-de-funcionrios-e-fecham-20-dos-negcios/615916).

      Como já foi mencionado, a crise sanitária provocou desempregos e incertezas na vida da população brasileira e as mudanças estruturais geralmente são a longo prazo em escala mundial. O Brasil foi um dos maiores afetados sendo um dos epicentros da COVID-19. Uma outra observação a ser acrescentada nesse cenário é o trabalho informal pois o impacto da pandemia no momento do isolamento social atingiu diretamente essa atividade. Entretanto, o benefício do Auxílio Emergencial de R$ 600,00 reais instituído pelo Governo Federal não chegou aos mais afetados pela crise, bem como, as pessoas mais vulneráveis. O que se viu foram grandes filas nas agências da Caixa Econômica Federal de pessoas que não conseguiram acessar o benefício, contrariando inclusive as determinações do próprio Ministério da Saúde de manter as medidas como distanciamento e evitar aglomeração.

          Para concluir, alguns fatores influenciaram para que a tragédia fosse ainda maior, como a negação do perigo da doença, comparada como uma gripe comum. Também ocorreram muitos impasses na área política em todas as esferas, na condução do combate a pandemia. O debate paralelo foi um dos problemas para a realização de um trabalho mais eficaz contra a doença. No dia vinte e seis de fevereiro de dois mil e vinte o Brasil registrava o primeiro caso de COVID-19 oficialmente, e a partir daí com o crescimento exponencial o país contabilizava 100.000 mil mortos em cento e sessenta e quatro dias depois com a doença ter sido instalada em todos os municípios da federação.

          Ressalta-se que os impactos da pandemia também influenciaram nas questões econômicas que agravou o índice de desemprego devido ao fechamento dos postos de emprego, principalmente dos trabalhadores informais pelas necessidades dos protocolos utilizados. Por fim, podemos dizer que o século XXI terminou ou começa depois da pandemia.

REFERÊNCIAS

 

(https://www.nexojornal.com.br/expresso/2020/07/20/Qual-o-impacto-a-longo  prazo-do-fechamento-de-pequenas-empresas#:~:text=Qual%20o). 14.08.2020.

 

https://www.gazetadigital.com.br/editorias/economia/bares-e-restaurantes-demitem 1milho-de-funcionrios-e-fecham-20-dos-negcios/615916. 14.08.2020

 https://www.bbc.com/portuguese/brasil-52030724  14.08.2020

 



[1] É uma doença causada pelo Coronavírus SARS-CoV-2, que apresenta um quadro clínico que varia de infecções assintomáticas a quadros respiratórios graves. In; https://coronavirus.saude.gov.br/sobre-a-doenca#o-que-e COVID.   Um novo Coronavírus humano, que agora é        chamado síndrome respiratória aguda grave   Coronavírus 2 (SARS-CoV-2) (anteriormente     denominado HCoV-19), surgiu em Wuhan, China, no fim de 2019 e agora é responsável por uma pandemia in;   http://www.toledo.ufpr.br/portal/artigos-cientificos-covid 19/. Várias evidências excluem a hipótese de que o Sars-CoV-2 tenha tido uma origem laboratorial. No caso da Sars, sabe-se que o vírus foi transmitido de morcegos para civetas e desses hospedeiros intermediários para o homem, mas para o Sars-CoV-2 essa questão permanece em aberto. Em dezembro de 2019, iniciou-se um surto que atingiu cerca de 50 pessoas na cidade de Wuhan, na China. A maioria dos pacientes tinha sido exposta ao mercado Huanan. Esse mercado comercializava frutos do mar, mas também animais silvestres, frequentemente vendidos vivos ou abatidos no local. Contudo, vários pacientes desse surto inicial não tiveram relação epidemiológica com o mercado, abrindo a possibilidade de que outras fontes de infecção pudessem estar envolvidas.IN;  https://pfarma.com.br/coronavirus/5439-origem-covid19.html.

Comentários

  1. Achei interessante o uso (correto) do recurso da nota de rodapé.

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    1. Também gostei. Me parece um recurso muito interessante e prático na construção de dissertações, teses e outros textos acadêmicos.

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  2. Analizando o texto acima pude constatar coerência entre os dados informados. O mesmo retrata de forma clara as consequências sócio econômicas da crise sanitária gerada pela pandemia do covid19, principalmente em relação às pequenas empresas deixando evidendete uma política pública fracassada. Parabéns ao grupo.

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  3. Analizando o texto acima pude constatar coerência entre os dados informados. O mesmo retrata de forma clara as consequências sócio econômicas da crise sanitária gerada pela pandemia do covid19, principalmente em relação às pequenas empresas deixando evidendete uma política pública fracassada. Parabéns ao grupo.

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  4. É inegável que a pandemia causou transtorno, Cultural, político, e econômico.
    Um dos fatores é que as empresas brasileira (Em sua grande maioria pequenas empresas) não tem um caixa para suportar tanto tempo fechadas.
    Para isso é necessário linhas de crédito específicas, apesar de muitas delas não terem as características mínimas necessárias para receberem esses empréstimos. A caixa econômica por exemplo abriu linha de crédito para pequenos empresários e com carência de 6 meses.
    Infelizmente os efeitos da crise de 2020 deve continuar até o ano de 2021.
    Pois uma vez que o ano de 2020 desestruturou a economia, ficará mais difícil alavancar recursos para 2021 levando possivelmente a um grande período de recessão. Como tem ocorrido inclusive em países desenvolvidos, como Inglaterra, França e em quase toda a Europa.
    A pandemia afetou trabalhadores formais e informais. Pois uma vez que o ano de 2020 desestruturou a economia, ficará mais difícil alavancar recursos para 2021 levando possivelmente a um grande período de recessão. Como tem ocorrido inclusive em países desenvolvidos, como Inglaterra, França e em quase toda a Europa.

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