POLÍTICAS DOS IMPÉRIOS - ALÉM DA PANDEMIA DE COVID
POLÍTICA DOS IMPÉRIOS - ALÉM DA PANDEMIA DE
COVID
Ana Paula de
Almeida
Atílio Viviani
Neto
Hanna Thryccia de
Almeida Oliveira
Jill Margarete
Rodrigues Feitosa de Sousa Santos
A chamada “Ordem Internacional” pelas ciências políticas, ganha força no
pós-guerra, com o intuito de tratar temas sensíveis a humanidade tal como: Democracia,
Economia, Trabalho, Saúde, Direitos Humanos, Segurança, Autodeterminação de
Povos, Meio Ambiente e Cooperação. E a criação das Nações Unidas (ONU) em 1945
e esforços de diversas nações nesse sentido, inaugura uma perspectiva de “Paz
Perpetua” para o futuro comum. Entretanto desafios não seriam poucos e nem
superáveis via diplomacias, como foi imaginado.
O trauma de 2 guerras e ascensão do nazi/fascismo e a morte de dezenas
de milhões de pessoas moveu as estruturas das políticas externas, promovendo o
multilateralismo entre os Estados-Nações e princípios e normas internacionais
orientando as leis nacionais com intuito de freios e contrapesos contra
nacionalismos e abusos aos temas sensíveis. Entretanto a forma imperial
constituidora do paradigma contemporâneo, ao que parece se matem e novamente se
intensifica durante a pandemia de COVID em 2020.
Os efeitos da pandemia
ainda são imprevisíveis, em diversas dimensões da vida humana, em alguns países
o combate a pandemia tem ocorrido com políticas de flexibilização, cooperação,
investimento em pesquisa e políticas públicas. No Brasil as políticas de
combate a pandemia se apresentaram em diversos níveis.
A pandemia de Covid-19 impôs um grande desafio para todo o
planeta. Déficits históricos dos sistemas de saúde, agravados por recentes
políticas de austeridade fiscal, redução do investimento público em pesquisa e
desenvolvimento, enfraquecimento das instâncias de governança globais e
regionais, confiança reduzida entre os países, e entre níveis diversos de
governo no interior dos países. (Fonte: Fio Cruz Minas)
O que se
necessita é que o país tome um rumo onde se combata a pandemia de forma
organizada e coletiva, o país necessita que os governantes políticos se
conciliem com a ciência e a pesquisa, desenvolvendo políticas de incentivo,
financiamento e estrutura para ciência.
A
pandemia pode gerar convergências ou divergências entre ciência e política “Como
qualquer evento de grande impacto social, as doenças são matéria da política,
tanto no sentido da ação pública voltada à disputa de poder, como a ação
pública coordenada em resposta às demandas sanitárias e sociais que criam. ”
O cenário político
pandêmico é diferente nas diversas regiões do país e do mundo, pois a forma de
sociedades e governos lidarem com as medidas de enfrentamento à COVID-19 não
foi linear. Em pronunciamento no dia 24 de março de 2020, O presidente Bolsonaro
chamou a doença de “gripezinha”, reforçando o seu posicionamento de que, apesar
da situação de calamidade, o isolamento social e a quarentena não poderiam
continuar devendo-se retomar as atividades nas escolas e no comércio. O presidente
passou a ser alvo de protestos, com “panelaços” que desde então vêm se
repetindo em diversas cidades brasileiras, e de repreensão por parte de
governadores e do próprio Ministro da Saúde do seu governo.
O isolamento social e o
combate ao vírus deixaram ainda mais evidente a instabilidade política que o
país se encontra, e as desigualdades sociais, de gênero, classe, raça e de
acesso a saúde de qualidade. As mudanças no ministério da saúde,
inconsistências nas políticas de combate a pandemia, as flexibilizações da
quarentena, tudo isso mostrou como o país não tem combatido a pandemia em prol
da vida e do povo, mas sim visando a economia e o lucro.
Agora a disputa geopolítica toma ares perigosos de conflito declarado
entre EUA e China. "Muitos problemas estruturais na ordem internacional
ficaram bem mais visíveis", disse Rory Medcalf, diretor da Faculdade de
Segurança Nacional da Universidade Nacional Australiana. Com a convergência de
diversos pontos de pressão, desde falhas de liderança à falta de confiança na
veracidade das informações, "isso resulta numa espécie de tempestade
perfeita", acrescentou. "
Desta vez,
o motivo potencializador é o coronavírus, que a chanceler alemã, Angela Merkel,
descreveu como “O maior desafio do pós-guerra”.
E a ideia
apenas de mudança de protagonismos, com estratégias ainda imperiais, ao que
parece, não vai nos levar a um futuro muito promissor. As acusações sobre a
origem do vírus aponta para isso. No
decorrer de investigações da Organização Mundial de Saúde (OMS), aponta que a
probabilidade de que a doença pudesse ter se originado em outro local fora da
China, aumentou.
O principal especialista respiratório da China, Zhang Nanshan declarou,
em 27/01/2020, que embora a Covid-19 tenha sido descoberta na China pela
primeira vez, isso não significava que tivesse se originado na China. Existem
diversos tipos de coronavírus, e a lógica básica é que a localização geográfica
com maior diversidade de linhagens de vírus é o local onde a doença se origina.
São os Estados Unidos o único país onde foram encontradas as cinco linhagens
conhecidas do vírus, enquanto em Wuhan e na maior parte da China só há uma
linhagem (ROMANOFF, 2020).
O presidente dos Estados
Unidos, Donald Trump, depois de muitas acusações a OMS (Organização Mundial Da
Saúde) de que a eles estaria beneficiando a China, ele resolveu cortar repasses
a Organização, deixando a situação da saúde muito mundial em uma situação ainda
mais delicada no meio à maior epidemia já vista no mundo. O vírus serve neste
momento histórico da política internacional como motivo é estopim para estourar
crises diplomáticas entre estas duas potências.
O fato de a China ter
saído rapidamente da epidemia que iniciou em seu país, inclusive tendo um
número muito baixo de mortes, levou os Estados Unidos a acusarem o país
alegando que o mesmo poderia ter a cura antes mesmo do início da doença, o que
nunca se confirmou cientificamente.
A China rapidamente
acabou seu isolamento e voltou a produzir. Apesar de ter sofrido é ainda estar sofrendo
é muito os efeitos da crise econômica
gerada pela pandemia no mundo todo, Pois uma vez que a China fornece produtos
industrializados para o mundo todo, com a pandemia os países pararam e
diminuíram suas compras na China, gerando prejuízos as vezes das para outros
países fazendo o crescimento do PIB chinês ter forte impacto negativo em
relação ao seu crescimento econômico acelerado antes da pandemia, já os Estados
Unidos tiveram sua economia bastante abalada, com a pandemia uma vez que o país
americano fechou a sua economia indústria e comércio na pandemia, apesar de tardiamente, e com
efeito muito negativos, tanto na saúde com milhares de mortos e milhões de
infectados, como na economia, que teve
forte retração em relação ao seu andamento normal.
Um dos fatores de alguns
países saírem mais rapidamente da pandemia se dá pelo tipo de sistema de saúde
público ou privado, os Estados Unidos, como tem um sistema de saúde basicamente
no sistema privado, encontrou maior dificuldade, pois as pessoas que não tinham
plano de saúde entre o travam dificuldade para o acesso a tratamento, uma vez
que a pandemia é generalizada entre as diferentes camadas sociais, já os países
que tem um sistema de saúde público mais amplo como é o caso da China conseguiu dar um atendimento mais
adequado a sua população.
REFERÊNCIAS
JORNAL DA USP. Descoordenação política
dificulta enfrentamento da pandemia no Brasil. Disponível em:
<https://jornal.usp.br/ciencias/descoordenacao-politica-dificulta-enfrentamento-da-pandemia-no-brasil/>
Acesso em 22 ago. 2020.
JUNQUEIRA, R. D.; PRADO, M.
A. M. A gestão ético-política da pandemia
no Brasil: “grupo de risco” e normalização da catástrofe. In: ANTOPOLÓGICAS
EPIDEMICAS. Disponível em:
<https://www.antropologicas-epidemicas.com.br/post/a-gest%C3%A3o-%C3%A9tico-pol%C3%ADtica-da-pandemia-no-brasil-grupo-de-risco-e-normaliza%C3%A7%C3%A3o-da-cat%C3%A1strofe>
Acesso em 22 ago. 2020
MIRANDA, Gabriel. A pandemia
é, antes de tudo, um problema político. In: JUSTIFICANDO.
Disponível em:
<http://www.justificando.com/2020/06/18/a-pandemia-e-antes-de-tudo-um-problema-politico/>
Acesso em 22 ago. 2020.
Cumpriram o solicitado, no entanto senti o texto com certo receio de expressão, não explicitando opinião própria, preferindo frases apoiadas em opiniões mais gerais e lugares comuns. Peço que se aprofundem nas explanações, nos demais exercícios.
ResponderExcluir